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Contos, fábulas e histórias de Páscoa



 O “roubo”dos ovinhos


Autora: Dora Duarte

Numa cidade pacata, numa rua pequenina,
brincavam crianças de cantiga de roda, como nos velhos tempos dos seus pais
Era época de páscoa, toda família daquela cidade comemorava. 
Considerada a maior festa cristã por todos dali.
Como em muitos lugares, era tradição deles,
após a cerimônia religiosa,
quando voltava da igreja, a criançada 
invadia seus quintais, procurando seus devidos ovos de páscoa
.ou decorados, pintados, de pata, ou galinha ou de chocolates,
que um coelho “carteiro” deixava em cada casa.
Para surpresa geral....Cadê os ovos!!!!!
Foi aquele alarido, criança corria de um lado para outro,
perguntava as outras crianças da vizinhança,
ninguém sabia, ninguém viu .
Os pais abismados questionavam :_E agora?
Vamos ajuda-los a achar esses ovos de páscoa! Um por todos e todos por um!
Não existiam quintais cercados, eram divididos com plantas e árvores.
E corre daqui, vira moita, tropeça em brinquedos largados no quintal.
Um pai grita: __Vou pegar a minha lupa, vou investigar esse desaparecimento!

A criançada...EBAAAAAAAAA!!!!

E...foi assim...
O pai “investigador” seguiu umas pegadas.._Vejam isto, corram aqui!
Juntou-se toda a criançada e seus pais, caíram na gargalhada...
Não é que a mamãe coelha era a portadora da entrega dos ovinhos. Havia dado a luz a um monte de coelhinhos sapecas ,bebês ainda ,estava ensinando eles a carregarem a cestinhas com os ovos na boca,para a criançada.Eram tantos ovos de todas as cores e tamanhos, que os bichinhos não davam conta, chamaram a mamãe galinha e a mamãe pata.
Nem assim.
Colocaram o restante numa cama de capim verde, certamente para depois buscar.

Daí, a alegria foi geral combinaram fazer um almoço comunitário,
nem a bicharada ficou de fora.
...E todos ovinhos foram entregues à criançada.

FELIZ PÁSCOA!


Fonte:http://cidorinha7.blogspot.com.br/2010/03/conto-de-pascoa.html








Sentado, a beira da calçada 




Sentado na beira da calçada , com um ovo de chocolate pequenino nas mãos , olhar sério , aquele menino se pôs a imaginar. Havia muitas coisas que ele não entendia, por mais que tentasse. Durante a semana toda, na escola, na rua , em casa , em todos os lugares só se ouvia falar de Páscoa , coelhinho e ovos de chocolate. A professora até colocou Jesus no meio da história, mas só aumentou a sua confusão; ele não conseguia organizar o pensamento. Jesus não é aquele que nasceu no Natal? Faz tão pouquinho tempo, e ele já morreu??!! Não, decididamente ele não entendia nada . Não sabia exatamente o que uma coisa tinha a ver com a outra. Afinal de contas, por que comemorar, se Jesus morreu? Por que os ovos são de chocolate? E o coelho, o que ele faz nessa história?Complicaaadooo!!!! Separava somente as coisas que entendia , e sabia o que era...Entendia que estava esperando ganhar um ovo bem grande, daqueles que tinha visto na televisão, embrulhado num papel brilhante e com um laço de fita vermelha , que não veio, e ele sabia por quê: o dinheiro não deu.Ele sabia. Nem seu pai e nem sua mãe tinham prometido dar-lhe um ovo de páscoa; e ele sabia, também, que o coelhinho não o trazia para ninguém. Então, como é que ele poderia satisfazer a sua vontade de comer chocolate? Como ia passar o domingo de páscoa sem comer ovo de páscoa? E a idéia veio assim, de repente!!! Por que não???Foi até o primeiro semáforo daquela movimentada avenida e, quando o sinal ficava vermelho ele se lançava entre os carros e ia pedindo: "Moço, dá um ovo de páscoa pra mim?""Senhor, poderia me dar um ovo de páscoa?" "Moça , dá um ovo de chocolate pra mim?" Assim, ia pedindo e ouvindo as mais esfarrapadas respostas, quando alguém respondia .Até que, enfim, parou um carro velho, todo manchado de ferrugem. Dentro, um homem com cara de bravo ... Ele tomou coragem, foi até lá e arriscou o mesmo pedido: "Moço , eu quero um ovo de páscoa" .E qual não foi sua surpresa quando aquele homem pegou, no banco do passageiro, um embrulhinho e lho estendeu pelo vidro."Brigado, moço!!!"E saiu em disparada.De volta à sua calçada, ele olhou o ovinho e sorriu feliz. Afinal, agora ele comemoraria a Páscoa.

Autoria desconhecida


A VELHINHA, A GALINHA E OS OVOS DE PÁSCOA
(Conto Lituano de Nijole Jankute- Tradução livre de Olga Prokopowit)

Numa pequena aldeia, havia uma pequena casa. Nesta casa morava uma velhinha. Ela criava uma galinha e um coelho. A galinha tinha seu ninho embaixo da escada e lá botava seus ovos. O coelho vivia solto pelo gramado que circundava a casa. A galinha cacarejava toda vez que botava um ovo, e a velhinha corria para recolher o ovo que a galinha botava e a alimentava com boa comida. A velhinha gostava muito da carijó, que tinha a crista vermelha, as patinhas amarelas e as penas coloridas.. Gostava também do coelho, que tinha o lábio partido, as orelhas bem grandes e o pelo branco bem fofinho. Certo dia, a velhinha escuta a galinha cacarejando tão alto e tão feliz: -- Botei, botei, botei! Até o coelho assustou-se e ficou com as orelhas em pé. A velhinha desceu bem rápido os degraus da escada, abaixou-se e viu no ninho um ovo bem grande, com manchas multicoloridas. Era tão lindo que ela não cansou de admirá-lo. Com muito cuidado pegou-o e levou-o para a cozinha. Ficou pensando o que faria com ele. Não podia come-lo, pois era muito bonito e também não podia deixa-lo como enfeite, pois poderia cair e quebrar-se. O coelho que estava ao seu lado, disse-lhe: --E se der de presente para uma criança? A Páscoa está chegando e com certeza quem recebe-lo ficará muito feliz. A idéia é boa, respondeu a velhinha, porém para qual criança? Eu conheço tantas. Ela pensou um pouco e exclamou: --Já sei, vou juntar muitos ovos da galinha carijó e depois de pintá-los vou presentear todas as crianças. Saltitando e feliz, o coelho dizia: -- Eu também vou ajudar a pintar. Assim dito, assim feito. A galinha carijó botou muitos ovos. A velhinha recolheu-os numa cesta de vime e junto com o coelho branquinho, pintou-os. Ficaram tão bonitos. Multicoloridos. Vermelhos, verdes, azuis, amarelos, roxos. Alguns listrados., outros com bolinhas e até com flores. No domingo de Páscoa, a velhinha os colocou numa bela cesta e o coelho branquinho distribuiu-os para todas as crianças da aldeia.



Fábula das Três Árvores


Era uma vez, no topo de uma montanha, três arvorezinhas que estavam juntas e sonhavam sobre o que chegariam a ser quando crescessem. A primeira arvorezinha olhou para as estrelas e disse: "Eu quero guardar tesouros, quero estar repleta de ouro e pedras preciosas. Serei o baú de tesouros mais bonito do mundo". A segunda arvorezinha olhou para um pequeno arroio realizando seu caminho rumo ao mar, e disse: "Eu quero viajar por águas temíveis e levar reis poderosos sobre mim. Serei o barco mais importante do mundo". A terceira arvorezinha olhou para o vale que estava abaixo da montanha e viu homens e mulheres trabalhando em um povoado: "Eu não quero sair nunca de cima da montanha. Quero crescer tão alto que quando os habitantes do povoado pararem para me contemplar, eles levantarão seu olhar para o céu e pensarão em Deus. Serei a árvore mais alta do mundo".
Os anos se passaram. Choveu, brilhou o sol, e as três arvorezinhas ficaram grandes. Um dia, três lenhadores subiram ao topo da montanha. O primeiro lenhador olhou para a primeira árvore e disse: "Que árvore bonita!", e com uma machadada a primeira árvore caiu. "Agora me transformarão em um baú bonito, que deverá conter tesouros maravilhosos", disse a primeira árvore. O segundo lenhador olhou para a segunda árvore e disse: "Esta árvore é bem forte, é perfeita para mim. E com uma machadada, a segunda árvore caiu. Agora deverei navegar por águas temíveis", pensou a segunda árvore. "Serei um barco importante, para reis temidos e poderosos". A terceira árvore sentiu seu coração sofrer quando o último lenhador olhou para ela. A árvore se manteve firme e alta e apontando ferozmente para o céu. Mas o lenhador nem sequer olhou para cima, e disse: "Qualquer árvore é boa para mim". E com uma machadada, a terceira árvore caiu.
A primeira árvore se emocionou quando o lenhador a levou para uma carpintaria, mas o carpinteiro a transformou em um cocho para animais. Aquela árvore bonita não foi recoberta com ouro, nem foi ocupada por tesouros, mas foi coberta com serragem e preenchida com comida para animais. A segunda árvore sorriu quando o lenhador a levou para perto de um porto, mas nenhum barco imponente foi construído nesse dia. Em vez disso, aquela árvore forte foi cortada e transformada em um simples barco de pesca; como este barco era muito pequeno e fraco para navegar no oceano, e até mesmo em um rio; então foi levado a um lago. A terceira árvore ficou atônita quando o lenhador a cortou para fazer vigas fortes e a abandonou em um armazém de madeira. "Que será que está acontecendo", foi o que a árvore se perguntou, "Tudo o que eu queria era ficar no topo da montanha, apontando para Deus..."
Muitos dias e noites se passaram. As três árvores quase não se lembravam mais dos seus sonhos. Mas uma noite, uma luz de estrela dourada iluminou a primeira árvore quando uma jovem mulher colocou seu filho recém-nascido naquele lugar onde colocavam comida para os animais. "Eu queria ter feito um berço para o bebe", disse o esposo a sua mulher. A mãe aperta a mão do seu esposo e sorri, enquanto a luz da estrela resplandecia sobre a madeira suave mas robusta do berço improvisado. E a mulher disse: "Esta manjedoura é bonita" e, de repente, a primeira árvore soube que continha o maior tesouro do mundo.
Uma tarde, um viajante cansado e seus amigos subiram ao velho barco de pesca. O viajante dormia enquanto a segunda árvore viajava tranqüilamente pelo lago. De repente, uma aterrorizante tormenta atingiu o lago, e a árvore se encheu de medo. Ela sabia que não teria forças para levar todos aqueles passageiros até a margem a salvo com todo aquele vento e chuva. O homem cansado se levanta e, com um gesto, diz: "Acalme-se!" A tormenta parou tão rápido quanto começou. De repente a segunda árvore soube que estava levando o Rei do céu e da terra.
Numa quinta-feira de manhã, a terceira árvore acha estranho quando suas vigas foram retiradas daquele armazém de madeira esquecido. Assustou-se ao ser levada por entre uma grande multidão de pessoas revoltadas. Encheu-se de temor quando uns soldados cravaram as mãos de um homem no seu tronco. Sentiu-se feia, rude e cruel. Mas, no domingo de manhã, quando o sol brilhou e a terra tremeu com júbilo sob o seu tronco, a terceira árvore soube que o amor de Deus havia mudado tudo. Isso fez com que ela se sentisse forte, pois cada vez que as pessoas pensassem na terceira árvore, pensariam em Deus. Isso era muito melhor do que ser a árvore mais alta do mundo.


"Não importa o tamanho do seu sonho. Acreditando nele, sua vida ficará mais bonita e muito melhor para ser vivida."


Fonte: http://criancagenial.blogspot.com.br/2008/03/no-importa-o-tamanho-do-seu-sonho.html





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