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Festas juninas


Festas juninas

Elas fazem parte da tradição cultural brasileira e, ainda hoje, mesmo nas grandes cidades, servem como referência às raízes rurais



Objetivos:
★ Resgatar a tradição cultural popular brasileira.
Promover a aquisição de conhecimentos.

 Possibilitar o trabalho em equipe.
Faixa etária:
 Crianças a partir do 1º ano.


Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)
Dessa forma, elas também apresentam uma grande importância para cultura infantil. Apesar de reduzidas nos principais centros urbanos, as crianças precisam saber que, no Nordeste brasileiro, o São João (como é chamado o conjunto de festas da região) é comemorado nos sítios, nas paróquias, nos arraiais, nas casas e nas cidades, principalmente as do interior. Tanto que a importância dessa celebração pode ser avaliada pelo número de nordestinos e turistas que escolhem essa época do ano para sair de férias e participar dos festejos juninos.
Mas em junho, tudo é festa!
O sertanejo celebra Santo Antônio (13), São João (24), São Paulo e São Pedro (29). Porém, como junho ainda é o mês dos namorados (12), há as simpatias casamenteiras e as quadrilhas. Além disso, como também é inverno, quentão, vinho-quente, cachaça, chocolate quente e, é claro, o bom café com leite, servem para esquentar o corpo. Entre as comidas, há canjica, pamonha, milho cozido ou assado na fogueira, bolo de milho, mungunzá doce ou salgado, queijo assado na brasa, pé de moleque e amendoim. Em meio a tudo isso, enquanto os adultos dançam ao som de um bom forró pé de serra, crianças e adolescentes se divertem com as brincadeiras e jogos típicos da época.
Soltar balões é proibido! 
O Artigo 42 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) diz que fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento humano, pode levar a pessoa a ser condenada à pena de detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.
Mas, normalmente, o ponto alto da festança é o Casamento na Roça, Por isso, toda quadrilha tem um casal de noivos. Com poucas variações, a história do Casamento na Roça é sempre a mesma. A noiva grávida é obrigada pelos pais a casar-se com quem "lhe fez mal". O rapaz tenta escapar do laço, mas o pai da mocinha chama o delegado que, armado com um trabuco, leva o arrependido ao altar. 
Em algumas regiões do Brasil, o Casamento na Roça também é conhecido como Casamento Matuto ou Casamento Caipira. Além dos noivos, dos pais dos noivos e do delegado, desfilam outros e impagáveis personagens, como o padre, o coroinha, os padrinhos, os ajudantes do delegado e as amigas da noiva.
Dica de leitura!
 Como É Bom Festa Junina - Volume III
O terceiro livro-CD da coleção, cujo nome surgiu graças a um projeto que vem sendo desenvolvido há mais de cinco anos, a partir da obra do compositor paranaense Reinaldo Godinho, é de autoria de Itaércio Rocha e Mara Fontoura. Nele, há uma série de manifestações, danças e pequenos autos, como boi, quadrilha, congadinha, pau de fita, balainha e fandango, que podem ser utilizados tanto nas festas juninas como em outras ocasiões festivas. A nova edição, que será lançada em breve, já está sendo revisada para atender as exigências do Acordo Ortográfico. Para obter mais informações, entre em contato com a Editora Esfera: www.editoraesfera.com.br

Trabalho pedagógico
A partir dessas informações, reúna a criançada e desenvolva o tema, tanto de forma interdisciplinar quanto de forma prática:
1. Interdisciplinar:
 Na sala de informativa e também na biblioteca, incentive pesquisas relativas às celebrações juninas e, então, discuta a origem dos festejos, como eles chegaram e se espalharam pelo Brasil. Discuta também a existência de festas semelhantes em outros países.
 Repita o processo em relação à quadrilha: sua origem, a forma com que chegou ao Brasil, as mudanças que contribuíram para que ela se espalhasse por vários Estados, o porquê das vestimentas usadas e, dependendo da faixa etária da criançada, o porquê do casamento obrigatório.
 Faça o mesmo em relação aos "comes e bebes" tradicionais. Questione o porquê dos alimentos consumidos, a localização dos principais cultivos, a época de colheita, a forma de preparo e as influências que resultaram nos pratos finais.
 Em paralelo, proponha a coleta e a organização de um livro de receitas juninas. E, se quiser, uma aventura na cozinha para o preparo de guloseimas simples (pipoca doce e salgada, milho cozido, curau etc.)
 Ainda partindo de pesquisas, sugira a organização de um apanhado de simpatias referentes ao período e a organização de uma espécie de livro, que poderá ser usado para discutir crendices populares, sua origem e eficácia.
 Peça também um levantamento de dados sobre os perigos oferecidos pelo manuseio de fogos de artifício e danos causados por balões que, apesar de serem proibidos, ainda são soltos indevidamente. 
 Estimule a descoberta individual de outros aspectos, mas faça com que as informações sejam compartilhadas pela turma inteira.
2. Prática: 
 A partir das informações obtidas, faça com que a criançada avalie as possibilidades de realizar uma festa junina na escola, com base nas raízes nordestinas sertanejas.
 Depois, deixe que programem as brincadeiras e organizem o cardápio do evento.
 Dependendo do espaço disponível, incentive a construção das típicas barraquinhas.
 Faça com que convidem adultos para auxiliar na execução do festejo.
 Proponha a elaboração de convites para a festa (no pôster há duas sugestões que, com criatividade, podem ser incrementadas) e das tradicionais bandeirinhas (no pôster há duas sugestões que tanto podem ser recortas em papel seda quanto em plástico colorido).
 Sugira a formação da quadrilha, a distribuição dos personagens que farão a coreografia, a customização de roupas e o ensaio dos passos.
 Estimule outras iniciativas propostas pelos alunos, mas envolva a turma inteira na elaboração.

Anote!
Devido à própria origem, quando a festividade junina chegou ao Brasil colônia, ela trouxe influências francesa, chinesa e espanhola na comemoração. Da França, veio a dança marcada dos nobres, que deu origem às típicas quadrilhas. Da China, país onde teria surgido a manipulação da pólvora, veio a tradição de soltar fogos de artifício. Da Península Ibérica, veio a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Depois, todos esses elementos culturais se misturaram aos aspectos culturais brasileiros (que, por sua vez, são formados por indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) e a festividade adquiriu características particulares em cada uma das regiões do nosso país.
Sobre as festas juninas 
Historicamente, elas estão relacionadas à festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano). Depois, já na Idade Média, quando a festividade foi cristianizada, ela passou a ser chamada somente de "Festa de São João", embora São Pedro, São Paulo e Santo Antônio também sejam comemorados na mesma época.
Preste atenção! 
O visual colorido nos céus e o barulho empolgante dos fogos de artifícios encantam qualquer pessoa. Mas, infelizmente, também colocam muitas vidas em perigo. Dados revelam que 70% dos acidentes provocam queimaduras; 20% causam cortes e lacerações; e 10% levam a amputação dos membros superiores. Entre os que sofrem ferimentos, destacam-se homens, entre 15 e 50 anos, e crianças entre 4 a 14 anos.
Fonte: http://revistaguiafundamental.uol.com.br/professores-atividades/96/festas-juninas-elas-fazem-parte-da-tradicao-cultural-brasileira-256907-1.asp

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