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Refabulando




 

APRESENTAÇÃO
presente projeto nasce do desejo conjunto de professores de sete escolas, que pertencem ao Núcleo Pedagógico de Amparo e Região, que tem como principal objetivo, favorecer uma compreensão das crianças acera dos processos de produção de textos, mesmo quando ainda não sabem grafar.
Neste trabalho, optamos por abordar a fábula, enfatizando algumas questões de produção, que possibilitam um olhar renovado sobre o gênero, muito mais como um objeto estético que pode ser apreciado pelo aluno, do que como um texto didático-moralizante. Isto quer dizer que a fábula será estudada por meio da observação de seus recursos expressivosanalisando como são construídos os efeitos de sentido e como eles podem ser
percebidos por nós.
Por serem narrativas simples e que todas as crianças gostam, elas se envolvem nas historias, pois nessa faixa etária sua imaginação é fértil e se concretiza nos acontecimentos das histórias lidas e nas peripécias de seus personagens.

 
O interessante, ao estudar tais obras, é reconhecer fábulas semelhantes presentes em diferentes culturas, indicando que, ao viajar e entrar em contato com distintos povos, o ser humano não apenas trocou riquezas materiais ou aprendeu a dominar técnicas: também se apropriou de novas histórias, num intercâmbio de imaginários. 
Para os alunos, ler ou ouvir esses textos permite que conheçam outros povos, ou se reconheçam no imaginário deles e, desse modo, ampliem seu domínio sobre as formas de pensar, sentir e descrever o mundo.
Fascinadas pela temática desses textos, as crianças enfrentam desafios para compreendê-los, pois a linguagem nem sempre é simples. Com isso, ampliam seu universo lingüístico e seu vocabulário, conhecem estruturas diferentes de construção das frases e experimentam novas formas da linguagem, como o uso de metáforas ou outras figura de retórica.
Apresentamos aqui um projeto no qual os alunos acompanharão a leitura feita pelo professor, analisarão alguns efeitos da linguagem utilizada e serão desafiados a reescrever histórias lidas. Ao fazer a reescrita de uma história conhecida, terão oportunidade de pôr em jogo os conhecimentos que construíram a partir da leitura, preocupando-se em utilizar a linguagem mais adequada. É preciso lembrar que a condição didática para que os alunos sejam capazes de realizar essa proposta é a participação em muitas situações de leitura de fábulas, mesmo que seja como ouvintes (ao acompanhar a leitura de outra pessoa).
    Além disso, A prática de produção oral com destino escrito de uma fábula será uma situação privilegiada para que troquem informações sobre a melhor linguagem a ser utilizada e compartilhem conhecimentos sobre a linguagem escrita, para poder utilizá-los quando forem assumir a responsabilidade pela produção.

 
Conteúdo Temático
A fábula apresenta um conteúdo didático-moralista que veicula valores éticos, políticos, religiosos ou social.
Este conteúdo pode vir organizado de modo a enfocar o discurso moralista – mais comum nas fábulas em prosa, clássicas – ou pode assumir um valor mais estético, com uma linguagem mais metafórica e a presença de descrições mais apreciativas que investem na constituição mais poética das personagens e da ação narrativa. Neste caso, o desfecho é, em geral, surpreendente, humorístico ou impactante.

 
Aprender a Linguagem Que se Escreve
A reescrita é uma atividade de produção textual com apoio. É a escrita de uma história cujo enredo é conhecido e cuja referência é um texto escrito.
Quando os alunos aprendem o enredo, junto vem também à forma, a linguagem que se usa para escrever, diferente da que se usa para falar. A reescrita é a produção de mais uma versão, e não a reprodução idêntica. Não é condição para uma atividade de reescrita – e nem é desejável – que o aluno memorize o texto. Para reescrever não é necessário decorar: o que queremos desenvolver não é a memória, mas a capacidade de produzir um texto em linguagem escrita.
O conto tradicional, por exemplo, funciona como uma espécie de matriz para a escrita de narrativas. Ao realizar um reconto, os alunos recuperam os acontecimentos da narrativa, utilizando, freqüentemente, elementos da linguagem que se usa para escrever. 
O mesmo acontece com as reescritas, pois, ao reescrever uma história, um conto, uma fábula os alunos precisam coordenar uma série de tarefas: eles precisam recuperar os acontecimentos, utilizar a linguagem que se escreve organizar junto com os colegas o que querem escrever, controlar o que já foi escrito e o que falta escrever. Ao realizar essas tarefas, os alunos estarão aprendendo sobre o processo de composição de um texto escrito.
REFERÊNCIA: Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), Volume 2, p :183
Orientações Pedagógicas:
Prof. Dermival Almeida Santos 
Supervisão Técnica:
Prof.ª Thais Pinheiro Costa Mascarenhas
AUTORIA:
O projeto Re Fabulando, foi escrito conjuntamente por professores do 4º e 5º anos do ensino Fundamental do Núcleo Pedagógico de Amparo e Região, Boa Vista do Tupim – BA, pelos seguintes professores:
Cira Souza, 
Eliete Ramos, 
Maria Olivia, 
Marivanda Souza, 
Patrícia Freitas, 
Ronaldo Lima, 
Rozana Oliveira,
Sueide S. S. Reis.
ÁREA DO CONHECIMENTOLíngua Portuguesa
CONTEXTO: Produção textual – (reescrita de fábulas.)
EMPREENDIMENTOS SUGERIDOS

  • Elaboração de um livro contendo as histórias produzidas pelos alunos para presentear os pais na reunião de pais e mestres ao final da III unidade.

  • Gravação de CD com versões das fábulas produzidas gravadas pelos alunos com a finalidade de entregá-lo aos pais em uma reunião.

     

     

     
OBJETIVO GERAL

  • Desenvolver comportamentos leitores e escritores associados á  situação de produção de fábulas, tendo em vista a elaboração de um livro ou gravação de um CD que será destinado aos pais.
PÚBLICO-ALVO

  • Alunos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental, das escolas municipais do povoado de Amparo e localidades próximas – Assentamento Grotão, Beija-Flor, Bom Viver, Limoeiro e Malhada Grande. 

 
O que se espera que os alunos aprendam

  1. A ampliar seus conhecimentos sobre a linguagem e os recursos discursivos presentes nas fabulas.

  2. A reapresentar uma história conhecida, considerando não apenas seu conteúdo, mas também a forma de contá-la.

  3. Alguns comportamentos de escritor, como:

  • Planejar um texto e escrevê-lo.

  • Preocupar-se em reapresentar o conteúdo da história.

  • Preocupar-se em utilizar recursos discursivos para tornar a história mais interessante e a linguagem mais literária.

  • Revisar os textos, adequando a linguagem à sua função social.

  1. A ampliar seus conhecimentos sobre a escrita, avançando em suas hipóteses (embora a seqüência não tenha como eixo o sistema de escrita, inclui situações que oferecem desafios nesse sentido).

  2. Colocar em diálogo diferentes versões de fábulas para recriá-las ou criar outras, a partir da análise dos argumentos ou da moral previamente apresentados;

  3. Considerar o destinatário ausente e a necessidade da clareza do texto para que ele possa compreender a mensagem.

  4. Controlar o ritmo do que está sendo ditado, quando a fala se ajusta ao tempo da escrita.

  5. Diferenciar as atividades de contar uma história, por exemplo, da atividade de ditá-la para o professor, percebendo, portanto, que não se dizem as mesmas coisas nem da mesma forma quando se fala e quando se escreve;

  6. Diferenciar entre o que o texto escrito diz e a intenção que se teve antes de escrever.

  7. Fazer inferências sobre informações das fábulas considerando o contexto em que foram produzidas.

  8. Fazer uso – na leitura e na produção de fábulas – dos recursos lingüísticos- discursivos próprios do gênero;

  9. Fazer uso de estratégias e capacidades de leitura para construir sentidos sobre as fábulas lidas. Isto envolve:

  10. Fazer uso dos recursos lingüísticos e estilísticos próprios da fábula, explorados durante a leitura e também durante a revisão coletiva de produções, para a produção de outras fábulas.

  11. Realizar várias versões do texto sobre o qual se trabalha, produzindo alterações que podem afetar tanto o conteúdo como a forma em que foi escrito.

  12. Reconhecer as fábulas como um produto da cultura humana que influencia e é influenciada pelos valores sociais, políticos, éticos e religiosos de um determinado tempo, na história de uma determinada sociedade;

  13. Repetir palavras ou expressões literais do texto original.

  14. Retomar o texto escrito pelo professor, a fim de saber o que já está escrito e o que ainda falta escrever.
Conteúdos
  • A linguagem usada na escrita das fábulas.

  • Comportamento escritor.

  • Comportamento leitor.
  • Planejamento e produção escrita.
  • Recursos discursivos das fábulas.

  • Revisão de textos.

O que se espera do professor 


  1. Acreditar que as crianças conseguem produzir textos, mesmo sem saber grafá-los;

  2. Compreender a idéia geral do projeto e cumprir com o cronograma estipulado.

  3. Estabelecer parcerias com os colegas na troca de experiências, informações e matérias que os ajudem a tornar as aulas mais produtivas; 

  4. Incentivar o trabalho em grupo e a funcionalidade deste em função da produção de texto;

  5. Incentivar os alunos para analisarem a estrutura dos contos com perguntas bem pensadas e intervenções que façam os alunos refletirem a cerca das regularidades deste gênero.

  6. Ler os textos com antecedência, analisando-os criteriosamente, pensando na melhor maneira de despertar na turma o interesse pelas leituras.

  7. Motivar a turma em prol do produto final do projeto pela sua própria motivação com a idéia.

  8. Pesquise em diferentes fontes versões diferentes de uma mesma fábula para ler nos momentos de leitura pelo professor (ver dia na rotina);

  9. Ser criativo diante das subjetividades e adequar às intervenções previstas à realidade de sua turma;

  10. Solicitar com antecedência materiais que precise, para não atrapalhar o andamento do projeto.

  11. Tirar suas dúvidas, durante os encontros formativos, com colegas e pesquisando.

 

ORDEM 
DESCRIÇÃO DA AULA 
1ª AULA
APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA A TURMA – é um momento onde o professor deve conquistar a turma para o objetivo maior do projeto: o produto final. Devem ser compartilhadas também as etapas, tempo de duração e a preparação para a culminância do projeto.
2ª AULA
DIFERENCIAR OS TÍTULOS DE FÁBULAS CONHECIDAS E DESCONHECIDAS – Além de ser uma oportunidade de fazer uma aula de leitura, as crianças terão a oportunidade de conhecer ou relembrar muitas fábulas. Pode-se pedir que relatem brevemente o que sabem sobre as histórias e eleger, por exemplo, as preferidas da turma.
3ª AULA
LEITURA PELO PROFESSOR - da fábula "A cigarra e a formiga", atentando para a forma com que esta leitura deve ser feita, diferentemente da atividade habitual ela é mais lenta e durante esta o professor evidencia fatos, formas discursivas usadas pelo autor, analisando o texto na sua totalidade.
4ª AULA
ANÁLISE COMPARATIVA DE DUAS VERSÕES DA FÁBULA "A cigarra e a formiga" – é uma atividade que fará com que as crianças percebam que socialmente as histórias são recontadas e que apesar de serem inspirados num mesmo enredo os autores fazem mudanças, imprimindo sua personalidade e seu conhecimento de mundo na história recontada, isso os ajudará a perceberem que reescrever não é copiar um texto memorizado.
5ª AULA
ANÁLISE DE MORAL DAS FÁBULAS – é interessante que as crianças percebam que a moral aparece às vezes explicitamente, outras não. Para isso a leitura de uma ou duas morais não permitirá essa reflexão, o interessante será a análise de diferentes versões e que focassem em algumas para que percebesse os elementos da história que levam para a moral utilizada pelo seu autor. As crianças podem ser desafiadas a escreverem uma moral para uma fabula que não conhecem e compará-la com a escrita pelo autor.
6ª AULA
LEITURA EM GRUPO DA 3ª VERSÃO DA FÁBULA – "A formiga boa"  analisando o que é mantido pelo autor e o que é acrescentado e de que forma isso foi feito.
7ª AULA
PLANEJAMENTO DE REESCRITA DA FÁBULA – é momento de preparar a turma para escrita do primeiro texto que irá compor o livro. Além de decidirem o que permanecerá igual e que parte da história irá mudar (se mudar), para comunicar o que. Além de refletir sobre forma como o texto é estruturado, a linguagem, etc. que será mais adequada.
8ª AULA
REESCRITA DA 1ª FÁBULA – "A cigarra e a formiga". Nesse momento é hora de fazer valer o que foi planejado na aula anterior. Para os alunos que ainda não são alfabético, o professor será o escriba, porem é necessário que o professor problematize questões relacionadas a escrita, recorrendo a discussões anteriores, mas cuidar que o texto seja fiel ao que for ditado pelos alunos. e os alfabetizados poderão ser agrupados de forma que fique claro como cada um deles poderá contribuir com a escrita e quem irá escrever.
9ª AULA
REVISÃO COLETIVA DA FÁBULA "A CIGARRA E A FORMIGA" – é um momento privilegiado para que as crianças reflitam acerca da linguagem escrita e aprendam mais um comportamento escritor: um texto não nasce de uma só vez, ele é regado das reflexões (em um dado tempo) daquele que o escreve. Em uma revisão não dá para resolver todos os problemas do texto, por isso além de focar em um aspecto (segmentação, repetição de palavras. Descrição confusa etc.); deve fazer uso dos outros do espaço de sistematização da rotina para trabalhar outras questões até que o texto fique bom.
10ª AULALEITURA DA FÁBULA "A LEBRE E A TARTARUGA", analisando a forma como o autor escreve.
11ª AULALEITURA DA FABULA "A TARTARUGA E O COELHO" - fazendo uma análise comparativa com o texto "A lebre e a tartaruga"
12ª AULAORGANIZAÇÃO DE TEXTO FATIADO - para recuperar a seqüência lógica dos fatos.
13ª AULAANALISE DA PERSONALIDADE DO COELHO NAS FÁBULAS
14ª AULA
17/09 
Escrevendo uma nova versão para a fábula "A lebre e o coelho". 
15ª AULAANALISE DE UMA FÁBULA BEM ESCRITA.
16ª AULAREVISÃO DA FABULA "A LEBRE E A TARTARUGA" - com foco no campo discursivo (repetição de palavras, segmentação).
17ª AULAREVISÃO DA FABULA "A LEBRE E A TARTARUGA" - com foco na concordância verbal e nominal.
18ª AULA LEITURA DA FÁBULA "A CEGONHA E A RAPOSA" 1ª versão, refletindo sobre a personalidade dos personagens.
19ª AULALEITURA DA FÁBULA "A CEGONHA E A RAPOSA" 2ª VERSÃO - traçando um quadro comparativo no estilo dos dois autores na escrita do texto.
20ª AULALEITURA DE DIFERENTES FÁBULAS - em que a raposa é personagem para análise de sua personalidade.
21ª AULAPLANEJANDO A REESCRITA DA FABULA A RAPOSA E A CEGONHA.
22ª AULAREESCRITA DA FÁBULA "A RAPOSA E A CEGONHA".
23ª AULAREVISÃO DA REESCRITA DA FÁBULA "A RAPOSA E A CEGONHA".
24ª AULA
ORGANIZAÇÃO DO LIVRO OU CD DE FÁBULAS E PLANEJAMENTO DA CULMINÂNCIA. Uma aula não dará conta da organização do produto final, pois a organização do livro e a gravação de CD exigem habilidades diferentes e que precisam ser ensinados, como a demanda depende de cada turma, o produto final não terá prazo estipulado, porém creio que em três aulas á turma dará conta de se preparar, afinal de contas eles já percorreram um longo caminho de aprendizagens.
25ª AULA
CULMINÂNCIA DO PROJETO.
É necessário que nessa etapa o professor organize vários momentos, que variam de acordo com a turma, para organizar as fábulas a serem gravadas, quem vai gravar, ensaios com microfone para ver como fica melhor a voz, capa do CD, lançamento etc.

 


 

DESCRIÇÃO DAS AULAS

1ª AULA

APRESENTAÇÃO DO PROJETO PARA A TURMA

 
OBSERVAÇÕES INICIAIS - Na primeira aula do projeto Re Fabulando, uma boa conversa será uma excelente oportunidade para compartilhar com os alunos aquilo que será feito. Além disso, para o professor, é o momento de saber o que eles já sabem sobre esse gênero literário.
Comece pedindo que relembrem as fábulas que ouviram e organize uma lista coletiva na lousa. Essa lista deverá ser copiada no livro do aluno.
Em seguida, explique o que será feito, o produto final (um livro de fábulas que será entregue aos pais em uma reunião e a gravação de um CD), e as etapas que ocorrerão para chegar à sua elaboração. É interessante a participação da turma nesse momento, conte com a participação da turma, com perguntas ou sugestões. Essa conversa visa a envolver os alunos, levando-os a perceberem-se como co-responsáveis pela realização do trabalho e, assim, conseguir seu empenho durante o desenvolvimento das atividades de leitura e escrita que serão propostas.
Antecipar com detalhes o produto final permite aos alunos compreender melhor as diferentes etapas de produção que estão previstas. Durante essa conversa, é interessante produzir um cartaz em que tais etapas estejam registradas, o que permitirá, no decorrer do trabalho, que eles tenham maior controle daquilo que ainda precisa ser feito. Esse é um momento privilegiado, também, para compartilhar tudo quanto irão aprender sobre a linguagem escrita, em especial sobre o gênero fábulas. Segue descrição da aula.
Objetivo:

  • Envolver os alunos com o projeto por meio de sua apresentação e subseqüentes etapas e na construção de seu produto final: um livro de fábulas para ser entregue aos pais.

  1. Orientações Didáticas


    1. Crianças dispostas em circulo. No centro do circulo estará diversos livros de fábulas expostos no chão. Cada criança deverá pegar um livro para manusear. O professor deverá fazer algumas intervenções:

  • O que vocês acham que está escrito aí?

  • Será que são poesias?

  • Serão historias?
Até que a turma chegue a descobrir, pela análise das ilustrações, pela leitura dos títulos e deliberações entre os colegas.

  1. Fale que as fábulas são histórias contadas e lidas no mundo todo, que trabalharemos com o projeto Re Fabulando algum tempo. 

  2. Pergunte quais fábulas eles já conhecem? Quais eles mais gostam?

  3. Apresente o projeto com entusiasmo, explicando as etapas (fixar as etapas num cartaz), os objetivos e produto final. Leia da fábula "A cigarra e a formiga" de La Fontaine.

  4. Após termine, termine assistido a um episódio do "Pica- pau" inspirado na fábula "A cigarra e a formiga". 

  5. Comente junto com as crianças as semelhanças entre a fábula e o desenho animado assistido.
2ª AULA
LEITURA DOS TÍTULOS

Objetivos



  • Levantar o conhecimento sobre as fábulas conhecidas e desconhecidas e contá-las (as conhecidas) livremente.

  • Ler títulos de fábulas e classificá-las quanto: conhecidas e não conhecidas fazendo usos de procedimentos de leitura para diferenciá-los em uma lista.

 

  1. Orientações Didáticas


    1. Dispor os alunos em circulo e apresentar uma caixa contendo títulos das fabulas conhecidas e desconhecidas. 

    2. Fazer a caixa circular de mão em mão, sob o canto de uma canção (batata que passa-passa) onde a caixa ficar quando terminar a música a criança deverá abrir a caixa pegar um título e ler; dizendo se é desconhecido ou conhecido, caso conheça ou alguém da turma, descrever brevemente como é a história.

    3. Será considerado um titulo conhecido quando a maioria das crianças tiver familiaridade com a fábula, os que não conhecem devem ser registrado pelo professor, para fazer a leitura em um momento oportuno. 

    4. Leve um cartaz, preparado previamente com uma tabela como a seguir:

     

     

     

    1. Peça que cada criança localize entre os títulos dos desconhecidos e conhecidos o título que retirou e com a ajuda sua e da turma cole-a nu lugar que julgarem certo (conhecidas ou desconhecidas).

    2. Fixe o cartaz na parede par posterior consulta.

    3. PARA CASA – Peça que as crianças conversem com seus pais para listarem as fábulas conhecidas por eles.
    LEITURA PELO PROFESSOR

     
    3ª AULA

     

    Objetivo

  • Perceber através da leitura do professor a diferença entre linguagem falada e escrita e as característica do gênero fábula.

 

Orientações Didáticas

:

  1. Disponha as crianças em circulo no chão. Expor na lousa a lista das fabulas fazendo marcas nas fabulas conhecidas e desconhecidas, destacando o que os alunos se apropriam das novas fabulas.

  2. Apresente o livro (caso possua) pedindo para que eles observem as imagens e os escritos da capa, e tente descobrir o que está escrito ali. Perguntar se o nome do autor está escrito ali, após ouvir pedir que um dos alunos localize com a ajuda dos outros. O mesmo deve fazer para identificarem o titulo. 

  3. Cante a música a seguir (no ritmo de ciranda, cirandinhapara indicar que vai ser lida uma nova história.

 

 

 

 

 

  1. Leia a Fábula "A cigarra e a Formiga" de Esopo. Só que diferentemente do espaço de leitura em voz alta para deleite, esta leitura assume um novo propósito, o de favorecer a análise da linguagem usada pelo autor. A leitura pode ter pausas para que você chame a atenção deles para a descrição de uma ação, a mudança de atitude de um personagem em relação à da 1ª versão, a moral e como o autor escreve as freses em detrimento da linguagem falada. É necessário fazer uma análise cuidadosa em casa e registrar quais as partes do texto deve ser explorada.

  2. Cante a parte final da música para indicar que a história terminou.

 

 

 

 

 

 

  1. Peça aos alunos que digam o que achou da leitura e comente. Dizer que na próxima aula eles terão que compara duas versões diferentes.

 
4ª AULA
COMPARAÇÃO DE DUAS VERSÕES DA FÁBULA "A CIGARRA E A FORMIGA".

 

Objetivo:




  • Fazer análise comparativa entre duas versões da fábula "A cigarra e a formiga" para perceber as diferentes possibilidades de escrever uma mesma história e como o ato de reescrever histórias conhecidas é comum mesmo entre os autores consagrados.

  1. Orientações Didáticas


    1. Leia duas versões da fábula "A cigarra e as formigas". Converse com seus eles explicando que terão que analisar e para descrever a diferentes formas em que dois autores escrevem a mesma fábula. Vejam o exemplo abaixo:

    1ª VERSÃO – La Fontaine
    2ª VERSÃO - Esopo
    INÍCIO DA FÁBULA:

     
    QUANDO A CIGARRA LHES PEDE COMIDA, AS FORMIGUINHAS RESPONDEM: 

     
    E A CIGARRA RESPONDE: 

     
    MORAL DA HISTÓRIA: 

     



    1. Peça que socializem os escritos e que digam o que conclusão chegaram depois de fazer a atividade.

    2. Converse com eles para que percebam que socialmente é comum que os autores escrevem versões diferentes de uma mesma história, lembre do desenho do pica-pau para exemplificar e muitas vezes até mudam o desfecho da história como fez Monteiro lobato em "A formiga boa".

    3. Leia para eles, pausadamente e vá fazendo-os perceber a forma como o autor descreve as ações dos personagens, a seqüência da história, o desfecho. Questione o porquê Monteiro Lobato teria escrito um final diferente para a história, de qual mais gostaram e por que. Essa discussão será importante para que percebam que as fábulas expressam os valores de que escrevem e que portanto ele estarão livres para escrever a sua versão quando chegasse a hora.

     

  2. 5ª AULA

    ANÁLISE DA MORAL DE FÁBULAS CONHECIDAS

    Objetivo:

    Analisar a moral das duas versões associando a fatos do cotidiano

     

    Orientações Didáticas

    :

    1. Organize as crianças em quartetos e entregue para cada grupo a cópia de três historias diferentes (ter para análise no mimo três histórias diferentes), já com a moral destacada, para tornar-la mais visível.

    2. Diga quais são os títulos das histórias que cada um recebeu e seus respectivo autor, para que percebam que são conhecidas. Peça para que leiam as histórias e a relacione com a moral.

    3. Peça que escolha uma das histórias para analisar a moral, para isso o grupo terá que entrar num acordo. Oriente as discussões e intervenha para que leiam a mora da fábula escolhidas e justifique por que. 

    4. Entregue um pedaço de papel e solicite que leia novamente (se necessário) a moral e que escrevam como compreenderam o que dizia a moral e de um exemplo de como isso se aplicaria na vida real – Exemplo: Se a moral fosse "Em casa de ferreiro, espeto de pau" – poderiam dizer que saber as coisas não é garantia de fazê-las e a aplicação seria – meu tio é professor, mas seu filho não sabe ler.

    5. Solicite que socializem o que escreveram para os colegas. Depois fixe o comentário com a respectiva fábula no mural da escola para a apreciação de todos.

     

  3. 6ª Aula 

    LEITURA DA 3ª VERSÃO DA FÁBULA "A CIGARRA BOA – DE MONTEIRO LOBATO"

     

    Objetivos:



  • Analisar uma terceira versão da Fabula "A cigarra boa" para perceber que é possível mudar o desfecho da história a partir do que o autor acredita ou quer comunicar a seu leitor.

Orientações Didáticas

:

  1. Resgate com a turma as discussões das aulas anteriores, par que possam se situar dentro do trabalho;

  2. Organize a turma – alfabéticos em quartetos ou trios previamente organizados e levando em consideração critérios que colaborarão com o bom funcionamento dos grupos e definindo quem será escriba ou leitor e como os outros poderão colaborar. Não alfabéticos: todos num grupão o professor será o leitor.

  3. Comunique aos alunos que irão conhecer mais uma versão da fábula "A cigarra e a formiga". Relembre com eles brevemente as discussões quando compararam as duas versões anteriores, recorrendo à ficha que foi sistematizada e exposta na sala.

  4. Questione: como será o título dessa versão? Será que mudou muito das versões anteriores? Ouça atentamente e sistematize as falas na lousa para voltar nelas mais na frente.

  5. Apresente o título da fábula e questione: o que compreenderam? Que informações sobre a história nos trás? A formiga das versões que lemos anteriormente era realmente boa? Justifiquem? Siga com as anotações e compare junto com eles com as que já fizeram

  6. Entregue uma cópia do texto e peçam que leiam e discutam sobre a personalidade dos personagens da história em detrimento as outras versões lidas (até mesmo o desenho do pica-pau). Entregue também papel pautado para que escrevam suas conclusões. Sua presença nos grupos é indispensável, pois as crianças sentirão dificuldades inicialmente de perceber as diferenciações e principalmente na hora de decidir o que e como escrever, a escolha do escriba deve ser bem pensada.

  7. Peça que socializem as discussões se apoiando nas notas. Problematize as discussões e questione sobre o que acharam da versão lida.

  8. Comunique que na próxima aula irão planejar a escrita de uma nova versão dessa mesma fábula, e que ao logo das aulas anteriores tiveram a oportunidade de ler várias versões e alisá-las e que se preparem para decidirem como será a versão que irão escrever.

 

  1. 7ª Aula 

    PLANEJAMENTO DA REESCRITA DA FÁBULA "A CIGARRA E A FORMIGA"

    Objetivos:



  • Perceber o ato de planejar como indispensável quando se pretende escrever, e que este é utilizado por todo escritor proficiente.

  • Planejar a escrita da fábula "a cigarra e a formiga".

 

 

  1. Orientações Didáticas 


     

    1. Organize a sala em circulo.

    2. Prepare diferentes imagens de lugares (escola, férias em determinada cidade longe, uma excussão, tomar banho de rio etc.) faça legendas para ajudar na identificação da imagem.

    3. Exponha no centro da sala num local acessível aos olhos de todos.

    4. Depois de escolherem o destino deixe no mesmo local das imagens fichas descrevendo alguns atitude e itens necessários para garantir o seu conforto no lugar que deseja ir.

    5. Peça que justifique as suas escolhas.

    6. Explique para eles que tudo o que fazemos precisa de um planejamento, de uma organização, ou seja, de escolhas e que para escrever um texto não é diferente.

    7. Já percebendo a grande importância do planejar 

    8. Inicie o planejamento da re-escrita da fábula organizando em tópicos as decisões tomadas sobre sugestões de títulos, seqüência dos fatos, ação e desfecho da história. Também é importante resgatar as discussões acerca das características da língua escrita, decidindo que linha (muito distante do original – tipo "formiga boa" ou conservadora como La Fontaine) e seguir quanto à reescrita da fábula. 

     

  2. 8ª AULA


  3. REESCRITA DA FÁBULA "A CIGARRA E A FORMIGA"

    Objetivos:


  • Reescrever a fabula "A cigarra e a formiga" percebendo a diferença entre a linguagem oral e a linguagem escrita.

  • Fazer uso de comportamentos escritores como se apoiar em discussões anteriores e planejamento feito anteriormente para escrever um texto, rever enquanto escreve escolher uma entre várias possibilidades, rever após escrever etc.


  1. Orientações Didáticas


    1. Organize os alunos alfabéticos nos quartetos das aulas anteriores e redefina com antecedência o papel de cada aluno no grupo (quem vai ditar, quem vai fazer o rascunho, quem vai passar a limpo e todos devem participar das decisões e opinar na construção do texto). Os alunos do 1º ano será produção oral com destino escrita.

    2. Resgate as discussões feitas nas aulas anteriores, especialmente na última. Volte ao planejamento feito e reforce as discussões entorno da utilidade deste no momento da produção.

    3. Resgate oralmente ou releia (se necessário) as versões estudadas.

    4. Entregue para cada grupo uma folha de papel pautada e peça que escrevam de acordo com o que foi combinado na aula anterior no caderno e depois de revisto e "aprovado" por todos no grupo o texto deverá ser passado a limpo na folha que você entregou ao grupo. Durante a produção podem surgir muitas dúvidas, ou equívocos, o professor deve dar o Maximo de atenção as crianças, intervindo, problematizado se apoiando nas discussões anteriores e nos materiais expostos, pois eles estão iniciando na função de produtores de texto. É importante fazer com que releiam o que escreveram não como obrigação, mas porque é uma condição do escritor par ir avaliando o que já foi produzido e de onde deve seguir escrevendo, não repetir informações ou para deixar o texto claro para quem vai ler.

    5. Recolha o texto e em casa analise-os cuidadosamente para identificar as necessidades de investimentos e o que já garantem.

     

  2. 9ª AULA

    REVISÃO COLETIVA DA FÁBULA PRODUZIDA PELOS ALUNOS

    Objetivo:

    perceber a importância da linguagem para a clareza e compreensão do texto, fazendo os marcos textuais necessários a um bom texto.

     

     

  3. Orientações Didáticas 


    1. Organização da sala – individual

    2. Escolha, pelo professor, de um texto, onde foi percebido mais dificuldades de linguagem

    3. Expor no papel metro o texto, ler com as crianças levando-as a perceber a linguagem usada buscando chamar a atenção para palavras repetidas e seqüência dos fatos.

  4. 10ª Aula

    Objetivo

    : Revisar o texto escrito pelos alunos (no papel metro) propondo que analisem junto com o professor as questões:

     

    Conteúdo:

    Revisão para os últimos ajustes do texto escrito pelos alunos (foco pontuação)

     

  5. Orientações Didáticas




    1. Expor a fábula reescrita pelos alunos (no papel metro) propondo que analisem junto com o professor as seguintes questões:
      - vocês já perceberam que o texto é formado por frases 
      - vocês observaram que o texto é dividido por partes?

    2. Distribuir o texto (original) aos alunos pedindo que observem o que existem além das letras. Esses sinais que aparecem vocês sabem para que servem? Explicar.

    3. Voltar à reescrita fazendo com que os alunos percebam que, para um texto, está bem escrito precisará de uma pontuação necessária, grifar as alterações que deverão ser feitas no texto. Informar aos alunos que o texto será guardado para compor um livro.

     

  6. 11ª AULA


     

    Objetivo

    : Ampliar o repertório do conhecimento de fabulas

    Conteúdo

    : Leitura da segunda fábula

     

  7. Orientações Didáticas


    1. Crianças dispostas em círculo.

    2. Comentar com a turma que irá ser lida uma fábula buscando na lista exposta na sala se esta é conhecida ou desconhecida pela turma circulando a mesma (a cigarra e a formiga). 

    3. Propor aos alunos o silêncio e a atenção. Após a leitura perguntar as crianças:
    - Quais personagens da fábula?
    - Como cada um é descrito? 
    - O que acontece com eles?
    - O que vocês entenderam da moral?

    1. Listar respostas no cartaz para comparar com outra versão usando uma estrutura como a seguir:

     

     

  8. 12ª AULA


    Objetivo:

    Ler a fábula para comparar seqüência, personagens, moral

    Conteúdo:

    Leitura da segunda versão (A cigarra e a formiga)

  9. Orientações Didáticas


    1. Crianças dispostas em circulo.

    2. Ler o titulo da fábula procurando se eles conhecem. (esperar que os alunos comentem que esta já foi lida).

    3. Comentar que o professor irá ler propondo que observem se é a mesma história. Voltar ao quadro da aula anterior comparando personagens, trama e moral. 

     
    OUTRAS DICAS

     
    ... Se os alunos falarem ao mesmo tempo?
    Faça um bom combinado antes de iniciar a tarefa: comente a importância de ouvir os colegas, relembre que é preciso respeitar a vez de cada um, levantando a mão quando tiver alguma idéia.

     
    ... Se houver alunos que se dispersam em atividades coletivas?
    Procure fazer com que os alunos que têm essa característica ocupem lugares mais próximos de você. Valorize sua contribuição, perguntando-lhes o que acham de determinada informação, como gostariam de incluí-la no texto e outras solicitações e lembre-os sempre da responsabilidade de todos para conseguirem chegar realizar o projeto a contento.

     
    ... Se os alunos não conseguirem solucionar problemas textuais apontados por você?
    No encaminhamento foi apontada a possibilidade de levantar questões aos alunos para aprimorar o modo de elaborar o texto. Mas é possível que eles ainda não tenham conhecimentos necessários para resolver alguns problemas.
    Neste caso, recorra aos modelos de fábulas, retomando determinados trechos e indicando como o autor escreveu para que possam retomar as referências.
    Não hesite em dar algumas sugestões, submetendo-as à reflexão do grupo, negociando sua adequação.
    Estas são estratégias didáticas fundamentais no processo de aprendizagem.
    Afinal, as situações de escrita coletiva são sugeridas exatamente porque temos o diagnóstico de que estamos tratando de uma tarefa que envolve determinados conhecimentos ainda em construção e que, portanto, os alunos ainda não conseguem fazer sozinhos.

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