(Edith Thabet)
Reginaldo cresceu e se tornou um dinossauro bem bonitinho.
— Já está na hora de eu começar a lhe ensinar maus modos – observou Papai Rex um belo dia.
— Eu preciso de maus modos para quê ? - perguntou Reginaldo.
— Para impressionar os outros moradores da floresta. Quanto mais bruto for seu comportamento e quanto mais alto for seu urro, mais respeitado você será - explicou Papai Rex. – Espere aí, eu mostro como se faz - acrescentou ele antes de começar:
— A-ruá-rurrarrááá ... - Parecia um trovão reboando.
Um dinossauro corpulento, com dois chifres no alto da cabeça e um no focinho, brecou sua corrida, paralisado de susto. Uma cobra, que havia acabado de engolir um musaranho, ficou com ele entalado na garganta e tratou de fugir, tossindo e resfolegando.
— Você é mesmo o máximo, Papai! - disse Reginaldo , admirado.
— Ah, mas isso não é nada de mais. Você também pode fazer o mesmo. Vamos, tente uma vez! - disse Papai Rex, encorajando-o.
— A-riá-rirrarááá ... - gritou Reginaldo o mais alto que pôde, fazendo com que uma libélula gigante, que estava pousada diante dele num talo de capim, piscasse um dos olhos.
— Será que você não pode bocejar mais baixinho, seu bobo? Você atrapalhou minha sesta! - ralhou a libélula.
— Por favor, desculpe, não fiz por mal - disse Reginaldo.
Papai Rex não disse nada. Apenas balançou a cabeça, desanimado.
0 comentários:
Postar um comentário