Festas juninas
Elas fazem parte da tradição cultural brasileira e, ainda hoje, mesmo nas grandes cidades, servem como referência às raízes rurais
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Quadrilha Junina da Festa do São Pedro de Belém (Paraíba)
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Dessa forma, elas também apresentam uma grande importância para cultura infantil. Apesar de reduzidas nos principais centros urbanos, as crianças precisam saber que, no Nordeste brasileiro, o São João (como é chamado o conjunto de festas da região) é comemorado nos sítios, nas paróquias, nos arraiais, nas casas e nas cidades, principalmente as do interior. Tanto que a importância dessa celebração pode ser avaliada pelo número de nordestinos e turistas que escolhem essa época do ano para sair de férias e participar dos festejos juninos.
Mas em junho, tudo é festa!
O sertanejo celebra Santo Antônio (13), São João (24), São Paulo e São Pedro (29). Porém, como junho ainda é o mês dos namorados (12), há as simpatias casamenteiras e as quadrilhas. Além disso, como também é inverno, quentão, vinho-quente, cachaça, chocolate quente e, é claro, o bom café com leite, servem para esquentar o corpo. Entre as comidas, há canjica, pamonha, milho cozido ou assado na fogueira, bolo de milho, mungunzá doce ou salgado, queijo assado na brasa, pé de moleque e amendoim. Em meio a tudo isso, enquanto os adultos dançam ao som de um bom forró pé de serra, crianças e adolescentes se divertem com as brincadeiras e jogos típicos da época.
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Mas, normalmente, o ponto alto da festança é o Casamento na Roça, Por isso, toda quadrilha tem um casal de noivos. Com poucas variações, a história do Casamento na Roça é sempre a mesma. A noiva grávida é obrigada pelos pais a casar-se com quem "lhe fez mal". O rapaz tenta escapar do laço, mas o pai da mocinha chama o delegado que, armado com um trabuco, leva o arrependido ao altar.
Em algumas regiões do Brasil, o Casamento na Roça também é conhecido como Casamento Matuto ou Casamento Caipira. Além dos noivos, dos pais dos noivos e do delegado, desfilam outros e impagáveis personagens, como o padre, o coroinha, os padrinhos, os ajudantes do delegado e as amigas da noiva.
Dica de leitura!
★ Como É Bom Festa Junina - Volume III
O terceiro livro-CD da coleção, cujo nome surgiu graças a um projeto que vem sendo desenvolvido há mais de cinco anos, a partir da obra do compositor paranaense Reinaldo Godinho, é de autoria de Itaércio Rocha e Mara Fontoura. Nele, há uma série de manifestações, danças e pequenos autos, como boi, quadrilha, congadinha, pau de fita, balainha e fandango, que podem ser utilizados tanto nas festas juninas como em outras ocasiões festivas. A nova edição, que será lançada em breve, já está sendo revisada para atender as exigências do Acordo Ortográfico. Para obter mais informações, entre em contato com a Editora Esfera: www.editoraesfera.com.br
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Trabalho pedagógico
A partir dessas informações, reúna a criançada e desenvolva o tema, tanto de forma interdisciplinar quanto de forma prática:
1. Interdisciplinar:
★ Na sala de informativa e também na biblioteca, incentive pesquisas relativas às celebrações juninas e, então, discuta a origem dos festejos, como eles chegaram e se espalharam pelo Brasil. Discuta também a existência de festas semelhantes em outros países. ★ Repita o processo em relação à quadrilha: sua origem, a forma com que chegou ao Brasil, as mudanças que contribuíram para que ela se espalhasse por vários Estados, o porquê das vestimentas usadas e, dependendo da faixa etária da criançada, o porquê do casamento obrigatório. ★ Faça o mesmo em relação aos "comes e bebes" tradicionais. Questione o porquê dos alimentos consumidos, a localização dos principais cultivos, a época de colheita, a forma de preparo e as influências que resultaram nos pratos finais. ★ Em paralelo, proponha a coleta e a organização de um livro de receitas juninas. E, se quiser, uma aventura na cozinha para o preparo de guloseimas simples (pipoca doce e salgada, milho cozido, curau etc.) ★ Ainda partindo de pesquisas, sugira a organização de um apanhado de simpatias referentes ao período e a organização de uma espécie de livro, que poderá ser usado para discutir crendices populares, sua origem e eficácia. ★ Peça também um levantamento de dados sobre os perigos oferecidos pelo manuseio de fogos de artifício e danos causados por balões que, apesar de serem proibidos, ainda são soltos indevidamente. ★ Estimule a descoberta individual de outros aspectos, mas faça com que as informações sejam compartilhadas pela turma inteira.
2. Prática:
★ A partir das informações obtidas, faça com que a criançada avalie as possibilidades de realizar uma festa junina na escola, com base nas raízes nordestinas sertanejas. ★ Depois, deixe que programem as brincadeiras e organizem o cardápio do evento. ★ Dependendo do espaço disponível, incentive a construção das típicas barraquinhas. ★ Faça com que convidem adultos para auxiliar na execução do festejo. ★ Proponha a elaboração de convites para a festa (no pôster há duas sugestões que, com criatividade, podem ser incrementadas) e das tradicionais bandeirinhas (no pôster há duas sugestões que tanto podem ser recortas em papel seda quanto em plástico colorido). ★ Sugira a formação da quadrilha, a distribuição dos personagens que farão a coreografia, a customização de roupas e o ensaio dos passos. ★ Estimule outras iniciativas propostas pelos alunos, mas envolva a turma inteira na elaboração. |
Devido à própria origem, quando a festividade junina chegou ao Brasil colônia, ela trouxe influências francesa, chinesa e espanhola na comemoração. Da França, veio a dança marcada dos nobres, que deu origem às típicas quadrilhas. Da China, país onde teria surgido a manipulação da pólvora, veio a tradição de soltar fogos de artifício. Da Península Ibérica, veio a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Depois, todos esses elementos culturais se misturaram aos aspectos culturais brasileiros (que, por sua vez, são formados por indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) e a festividade adquiriu características particulares em cada uma das regiões do nosso país. | |
Historicamente, elas estão relacionadas à festa pagã do solstício de verão, que era celebrada no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano). Depois, já na Idade Média, quando a festividade foi cristianizada, ela passou a ser chamada somente de "Festa de São João", embora São Pedro, São Paulo e Santo Antônio também sejam comemorados na mesma época. | |
O visual colorido nos céus e o barulho empolgante dos fogos de artifícios encantam qualquer pessoa. Mas, infelizmente, também colocam muitas vidas em perigo. Dados revelam que 70% dos acidentes provocam queimaduras; 20% causam cortes e lacerações; e 10% levam a amputação dos membros superiores. Entre os que sofrem ferimentos, destacam-se homens, entre 15 e 50 anos, e crianças entre 4 a 14 anos. |
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