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Resenha: O que é o Virtual?



O filósofo francês Pierre Lévy aborda no livro o que é o virtual (1996) a questão do desenvolvimento científico e tecnológico numa tentativa de definir o conceito de virtualização e suas conseqüência para a sociedade moderna. Para ele, a virtualização estaria intimamente associada à busca do processo evolutivo da humanidade , ou seja, da hominização.

No decorrer dos nove capítulos que compõem a obra, o autor busca estudar o conceito de virtualização (ponto de vista filosófico), a relação entre o processo de hominização e virtualização (ponto de vista antropológico) e compreender a mutação contemporânea para poder atuar nela( ponto de vista sócio-político).


Pierre Lévy inicia o livro realizando a analise de conceitos e tecendo discussões sobre “realidade”, “possibilidade”, “atualidade” e “virtualidade”.Segundo Lévy, virtual não é o contrário de real, mas sim do atual. O virtual se opõe ao atual, como um complexo problemático, que busca um processo de resolução: a atualização. O virtual seria a dúvida, o ponto de tensão, a hipótese. A resposta à dúvida seria a atualização.

Dando continuidade ao seu estudo Levy analisa a mutação contemporânea do corpo, do texto e da economia, no sentido de uma virtualização crescente, para tanto aborda os seguintes conceitos : reconstruções (correspondente as diversas maneiras de nos reconstruir, de nos remodelar- dialética, cirurgia plástica, body building,etc); percepções (função externalizada pelos sistemas de comunicação); projeções (projeção da ação e da imagem); reviravolta (através dos aparelhos médicos virtualiza-se o organismo); hipercorpo (a virtualização do corpo incita às viagen e trocas - transplantes de órgãos); intensificações (através dos esportes que intensificam a presença física); resplandescência ( reinvenção, reencarnação,multiplicação, vetorização, heterogênese do humano).Estas são formas virtuais que o homem encontrou para fugir de sua atualidade.

Para Levy, a virtualização proporciona grandes alterações na inteligência das pessoas, ao longo da existencia do homem vários acontecimentos marcaram essas alterações no cognitivo humano através da evolução da comunicação social: a linguagem oral acrescida da escrita, a introdução do alfabeto, e posteriomente da imprensa, são os primeiros exemplos de virtualização.O ciberespaço é uma virtualização da realidade. Com as novas tecnologias de comunicação, como a internet, a sociedade deu mais um salto rumo ao virtual evidenciando a inteligencia coletiva. um fenomeno marcado por uma maior interatividade entre as pessoas, por um conhecimento acessivel a todos.

De acordo com Pierre Lévy,as mudanças desestabilizantes que ocorrem hoje em dia nas técnicas, na economia, nos costumes e nas formas de existir da sociedade seriam mais uma etapa da evolução humana onde o virtual se processa com mais intensidade. Para ele, uma das principais modalidades de virtualização é a desterritorialização, o desprendimento do aqui e agora.

Fazendo uma panoramica sobre o "trívio do ensino liberal da Antiguidade: a retórica, a dialética e a gramática” e comparando com a virtualização, Levy afirma que a gramática é a fundamentação da virtualização, a retórica é a projeção do virtual e a dialética é o que une o virtual, o sistema de signos ao mundo objetivo. Outro ponto de análise é o fato dos

seres humanos compartilharem uma inteligência social que permite uma noção do todo (mundivisão), isso porque, cada um pode alterar um pouco a sua realidade social que está inserido. O autor, ainda afirma que biologicamente, as inteligências são individuais e semelhantes (mesmo não sendo idênticas), que culturalmente, a inteligência é variável e coletiva. A dimensão social da inteligência liga-se intimamente às linguagens, às técnicas e às instituições, e se diferenciam de acordo com o espaço e o tempo.

Muitos conceitos são abordados na obra de Lévy: virtualização, realidade, atualidade, hominização, ciberespaço, desterritorialização, hipertexto, inteligencia coletiva dentre outros, entretanto após a leitura do livro a questão que evidenciou-se como fundamental é que a virtualização é um processo onde se construiu e onde se continua a construir nossa espécie (hominização).

Para o autor a comunicação virtual é um elemento do processo de evolução que abrange toda a vida social e através desta concepção que vejo o livro O que é o virtual, de Pierre Lévy, como ponto de partida para reflexão dos profissionais em educação sobre a importancia desta virtualização no nosso cotidiano dentro e fora da escola. As instituições de ensino estão inseridas nessa sociedade da qual ao mesmo tempo que exercem influencia, a todo momento sofrem influencia da mesma.

A virtualização faz parte da evolução da espécie e atualmente os recursos tecnologicos estão promovendo uma nova reviravolta na vida das pessoas, portanto, a escola não pode ficar alheia a esse processo. Para tanto precisamos nos apropriar destes conceitos tão bem abordados po Levy e utilizarmos essas novas descobertas para criarmos em nossos alunos uma “cultura de acesso” possibilitando-lhes principalmente, maior clareza nas suas ações no mundo virtual que é um grande potencializador de realidades.

Obra:
LÉVY, Pierre. O que é virtual? Trad. Paulo Neves. São Paulo: Editora 34, 1996. 160p.
Autor:


Pierre Lévy (Tunísia, 1956) é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade. Nasceu numa família judaica. Fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. Trabalha desde 2002 como titular da cadeira de pesquisa em Inteligência Coletiva na Universidade de Ottawa, Canadá. É membro da Sociedade Real do Canadá (Academia Canadense de Ciências e Humanidades).
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_L%C3%A9vy  acesso em: 04.08.2010 as 02:07h

Resenhista: Ana Cristina do Lago Oliveira, aluna do Curso de Especialização em Tecnologia e Novas Educações da Faculdade de Educação da UFBA.


Como fazer uma resenha 



Como um gênero textual, uma resenha nada mais é do que um texto em forma de síntese que expressa a opinião do autor sobre um determinado fato cultural, que pode ser um livro, um filme, peças teatrais, exposições, shows etc.
O objetivo da resenha é guiar o leitor pelo emaranhado da produção cultural que cresce a cada dia e que tende a confundir até os mais familiarizados com todo esse conteúdo.
Como uma síntese, a resenha deve ir direto ao ponto, mesclando momentos de pura descrição com momentos de crítica direta. O resenhista que conseguir equilibrar perfeitamente esses dois pontos terá escrito a resenha ideal.
No entanto, sendo um gênero necessariamente breve, é perigoso recorrermos ao erro de sermos superficiais demais. Nosso texto precisa mostrar ao leitor as principais características do fato cultural, sejam elas boas ou ruins, mas sem esquecer de argumentar em determinados pontos e nunca usar expressões como “Eu gostei” ou “Eu não gostei”.

Tipos de Resenha


Até agora eu falei sobre as resenhas de uma forma geral e livre e esses dados são suficientes para você já esboçar alguns parágrafos.
Contudo, as resenhas apresentam algumas divisões que vale destacar. A mais conhecida delas é a resenha acadêmica, que apresenta moldes bastante rígidos, responsáveis pela padronização dos textos científicos. Ela, por sua vez, também se subdivide em resenha crítica, resenha descritiva e resenha temática.
Na resenha acadêmica crítica, os oito passos a seguir formam um guia ideal para uma produção completa:


Identifique a obra: coloque os dados bibliográficos essenciais do livro ou artigo que você vai resenhar;


Apresente a obra: situe o leitor descrevendo em poucas linhas todo o conteúdo do texto a ser resenhado;

Descreva a estrutura: fale sobre a divisão em capítulos, em seções, sobre o foco narrativo ou até, de forma sutil, o número de páginas do texto completo;

Descreva o conteúdo: Aqui sim, utilize de 3 a 5 parágrafos para resumir claramente o texto resenhado;

Analise de forma crítica: Nessa parte, e apenas nessa parte, você vai dar sua opinião. Argumente baseando-se em teorias de outros autores, fazendo comparações ou até mesmo utilizando-se de explicações que foram dadas em aula. É difícil encontrarmos resenhas que utilizam mais de 3 parágrafos para isso, porém não há um limite estabelecido. Dê asas ao seu senso crítico.


Recomende a obra: Você já leu, já resumiu e já deu sua opinião, agora é hora de analisar para quem o texto realmente é útil (se for útil para alguém). Utilize elementos sociais ou pedagógicos, baseie-se na idade, na escolaridade, na renda etc.

Identifique o autor: Cuidado! Aqui você fala quem é o autor da obra que foi resenhada e não do autor da resenha (no caso, você). Fale brevemente da vida e de algumas outras obras do escritor ou pesquisador.

Assine e identifique-se: Agora sim. No último parágrafo você escreve seu nome e fala algo como “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”

Na resenha acadêmica descritiva, os passos são exatamente os mesmos, excluindo-se o passo de número 5. Como o próprio nome já diz, a resenha descritiva apenas descreve, não expõe a opinião o resenhista.
Finalmente, na resenha temática, você fala de vários textos que tenham um assunto (tema) em comum. Os passos são um pouco mais simples:

Apresente o tema: Diga ao leitor qual é o assunto principal dos textos que serão tratados e o motivo por você ter escolhido esse assunto;


Resuma os textos: Utilize um parágrafo para cada texto, diga logo no início quem é o autor e explique o que ele diz sobre aquele assunto;

Conclua: Você acabou de explicar cada um dos textos, agora é sua vez de opinar e tentar chegar a uma conclusão sobre o tema tratado;

Mostre as fontes: Coloque as referências Bibliográficas de cada um dos textos que você usou;

Assine e identifique-se: Coloque seu nome e uma breve descrição do tipo “Acadêmico do Curso de Letras da Universidade de Caxias do Sul (UCS)”.

Conclusão


Fazer uma resenha parece muito fácil à primeira vista, mas devemos tomar muito cuidado, pois dependendo do lugar, resenhistas podem fazer um livro mofar nas prateleiras ou transformar um filme em um verdadeiro fracasso.
As resenhas são ainda, além de um ótimo guia para os apreciadores da arte em geral, uma ferramenta essencial para acadêmicos que precisam selecionar quantidades enormes de conteúdo em um tempo relativamente pequeno.

Fonte: http://www.lendo.org/como-fazer-uma-resenha/


Leitura Eficiente

Tópicos retirados por mim do cap. 2 do livro Metodologia Científica - Guia para eficiência nos estudos. 4ª edição,1996.
Autor: João Álvaro Ruiz.
  • A leitura amplia e integra os conhecimentos.
  • Devemos examinar o livro cujo o capítulo nos interessa.
  • Devemos observar: o nome do autor, seu curriculum, a orelha, o índice, a documentação ou as citações ao pé das páginas, a bibliografia, a editora, a data, a data, a edição e o prefácio.
  • Cada pessoa tem a sua velocidade própria de leitura, porém, sempre é possível aumentar essa velocidade sem prejuízo da compreensão.(tópico meu)
  • É preferível ler em ambiente amplo, arejado, bem iluminado e silencioso.
  • Se a luz for artificial, deve ser difusa e seu foco deve estar à esquerda de quem lê.
  • É preferível ler sentado.
  • É importante ter à mão um bom dicionário, lápis e um bloco de papel.